“Um amor. Duas Muralhas”
A vida foi marcando Ana, ensinou-lhe a não confiar nas pessoas que diziam querer o seu bem, mostrou-lhe que nem todos os seus relacionamentos valiam a pena. Com o tempo Ana criou as suas defesas, foi se tornando menos sociável e mais descrente nas intenções das pessoas. As poucas relações que tinha fracassavam, sobressaia uma falta de confiança e descrença nas pessoas que a impossibilitavam de um verdadeiro envolvimento.
Contudo Ana vê o seu muro desmoronar quando conhece Pedro, um jovem adulto que vivia numa personagem usada para enfrentar o mundo. Tal como Ana, Pedro também tinha a sua muralha que ele acreditava ser inquebrável.
Pedro vivia isolado não necessariamente isolado de pessoas, mas sim de sentimentos pelas pessoas que o circundavam. Pedro apresentava-se como sendo um jovem rapaz extrovertido e muito sociável, mas no fundo não passava de uma muralha usada para se esconder na escuridão de uma vida sem sentimentos.
A conversa fluía entre os amigos de Ana e Pedro, mas Ana tinha desligado do se passava à sua volta. Vivenciava uma confusão de sentimentos, por um lado desejava continuar a conversa e conhecer verdadeiramente Pedro, por outro lado a vida já lhe tinha demonstrado demasiadas vezes como as pessoas a magoavam. Entre histórias e risos o tempo foi passando e mesmo sem fazer uma escolha, Ana escolheu conhecer Pedro.
Pedro perdeu-se nos olhos de Ana e Ana ficou agarrada aos olhos de Pedro e mesmo sem saberem, as muralhas começaram a desmoronar.